Uma conversa saborosa com quem aprecia as boas coisas do pecado da gula. Jornalista esportivo e chegado às coisas do fogão.
domingo, 7 de março de 2010
Uma noite no Terra Madre
Fazia um bom tempo que não íamos ao Terra Madre. Pensando bem, desde que o chef Rodrigo Martins largou o Pomodori, em São Paulo, para dedicar-se completamente aos restaurantes da rede (Terra Madre, Vino & Cia.). Não foi por falta de marcar, mas um dia dava errado aqui, no outro a agenda não fechava. Até que ontem deu certo. Chegamos cedo (cada vez mais não consigo entender quem chega para jantar depois das 22h, mas tudo bem) já com uma ideia do que pedir, graças a uma boa passada no site (atualizado, não são todos que conseguem) da casa http://bit.ly/cbPtew.
Serviço um pouco lento (e olha que havia apenas mais uma mesa para ser servida), mas pelo menos chegou o couvert - pães artesanais, grissinis, tartar du boeuf, legumes grelhados, manteiga fresca com azeite de manjericão, sugerindo uma taça de espumante.
O "caldinho do chef" era um creme de cogumelos que estava bem interessante.
Demorou, mas finalmente chegou a moça com os cardápios, avisando que "hoje tem um tortelloni de bacalhau com espinafre..." e informando qual seria o peixe branco do dia. Não houve interesse. Escolhemos para entrada, uma Polenta bergamasca cremosa com bacalhau desfiado e queijo Brie o (o brie veio ao natural e foi derretendo com o calor da polenta) ...
... e uma Brandade de bacalhau ao azeite extra virgem e alho porró crocante. Ambas interessantes, com o sabor do bacalhau bem acentuado, mas sem exagero.
À essa altura o vinho já estava no ponto, um toscano Centine 2006, originário do castelo de Banfi, com 60% Sangiovese, 20% Cabernet Sauvignon e 20% Merlot. Muito bom, adequado para os pratos principais que viriam a seguir.
Optamos pelas massas. Penne com tirinhas de filet flambado ao cognac e champignon Paris (dizia o cardápio, embora houvesse também shiitakes e shimejis – e se o cliente não gostasse dos outros cogumelos, o que faria?) estava bem equilibrado (o molho saboroso) ainda que nada excepcional. Correto, para fechar a adjetivação.
Já o Ravióli de cordeiro ao molho de figos secos e vinho do porto estava excelente. A delicada massa recheada com a tenra carne de cordeiro desfiada ganhava no molho agridoce o complemento ideal para o equilíbrio perfeito do prato. Uma das mais agradáveis sensações gustativas desse início de 2010.
Como sobremesa, Crepe de banana ouro grelhada com sorvete de tiramissu. Uma só, para dividir.
No resultado final, uma noite agradável, de boa comida e bom vinho. O Terra Madre é sempre um recanto seguro para quem não quer ter surpresas desagradáveis ao tentar arriscar outros vôos gastronômicos.
Terra Madre Ristorante
Rua Desembargador Otávio do Amaral, 515 – Bigorrilho.
Fone: 3335-6070.
www.terramadreristorante.com.br
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