quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Pimenta dedo-de-moça recheada no Pachá

Pimenta dedo-de-moça recheada agora também é atração no Bar do Pachá.

Anacreon de Téos
Anacreon de Téos / Com recheio de camarão e palmito.Com recheio de camarão e palmito.
Pimenta recheada? Até já tinha ouvido falar, mas quando o Zico anunciou que tinha lá no Restaurante Bar do Pachá, não resisti. Porque desafio gastronômico é comigo mesmo e quero sempre experimentar de tudo, até mesmo para poder dizer se gostei ou não. Seja como for, não peco pela omissão.Uma razão a mais para provar: de autoria do amigo José Aristides Loureiro, que de vez em quando é dentista, mas sabe cozinhar como ninguém. E é um dos primeiros integrantes de nossa Confraria do Armazém, que está comemorando dez anos nesse mês.
A expectativa maior era quanto à picância. Que não existe, não ficou nada nem pra lembrar que era pimenta dedo-de-moça (depois o Zico me contou que ela é aferventada por um instante).
Escoltadas por um belo sauvignon blanc vieram duas opções. Uma com recheio de carne moída e outra com camarão e palmito. Gostei mais da primeira, achei que o segundo recheio meio que sumiu no paladar perante o sabor da pimenta com sua crosta (bem crocante, feita com sucrilhos). O detalhe interessante é o contraponto agridoce que algumas gotas de mel proporcionam.
O petisco está sendo incorporado ao cardápio da casa, que está cada vez mais gourmet – sem perder o charme de um boteco. Acho que vale a experiência, até mesmo para aqueles que imaginaram jamais na vida comer uma pimenta dedo-de-moça (e das grandes) inteira.

Veja o post completo aqui.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Farinha de funghi porcini agora vem em pacotinhos

Palavra que fiquei curioso. Muito chef faz em casa, mas dá um trabalho danado e nem sempre o aproveitamento é total. Pois não é que a Paganini (marca italiana referência em produtos gourmet) está lançando a Farinha de Funghi Porcini?
Elaborada em moinhos de pedra com séculos de história na moagem de cereais, cogumelos e castanhas, esta farinha mantém todas as propriedades originais do funghi porcini, destacando seu expressivo aroma e sabor. Isso porque a técnica de moagem é realizada por meio das rodas de pedras movidas lentamente por água – algo que seria inimaginável nos tempos de hoje, mas que, por isso mesmo, confere o sabor que fez a história secular.
Chega agora ao Brasil para se tornar imprescindível na cozinha dos chegados na boa gastronomia. Com a vantagem de ser versátil, pois pode ser utilizada para realçar o aroma e sabor dos pratos que levam o especial cogumelo como ingrediente ou ainda para empanar carnes e aves. O produto destaca também agilidade no preparo de pratos, já que apresenta rápido cozimento, segundo informam os importadores, a Porto a Porto e a Casa Flora.
A embalagem de 50g custa R$ 23 (valor de referência) e o produto pode ser encontrado entre os importados dos melhores supermercados e delicatessens.
Pode apostar que vou experimentar e daqui uns dias posto uma receita aqui.

Vá comer carne boa assim lá na Arco íris

O Bife ancho - acompanhado de farofa, folhas e um molho chimichurri com toque muito pessoal da casa


Anacreon de Téos
Anacreon de Téos / Algumas das saladas.Algumas das saladas do buffet.

Anacreon de Téos
Anacreon de Téos / Os acompanhamentos, com destaque para os pequenos pastéis de queijo.Os acompanhamentos, com destaque para os pequenos pastéis de queijo.
Alguns amigos já haviam recomendado: “a carne é boa e o custo/benefício melhor ainda”. Mas é meio fora de mão, lá no Boqueirão – também me alertaram. Sabem que moro do outro lado da cidade, mas para boa comida nada é fora de mão, penso eu.Mas hoje calhou de dar certo. Tinha algumas coisas a fazer por lá e bem na hora do almoço. Uma procuradinha pelo endereço e lá estava: Arco Íris Churrascaria – desde 1989. O espaço é amplo, ambiente agradável, com 250 lugares. O garçom me explicou: na metade de cá, rodízio com mais de 20 carnes e direito ao buffet de saladas e de pratos quentes, por R$ 32,90. Do lado de lá, apenas por quilo, sem o serviço de carnes, por um pouco menos (palavra que me esqueci quanto) o quilo.
Fui nas carnes, claro, embora não seja um desses fanáticos consumidores inveterados. Aprecio, mas com moderação. Ainda mais com todo o restante do dia pela frente. Fui direto ao buffet de saladas (ignorei os pratos quentes e só depois, na hora de ir embora fui ver que lá havia massas, salmão, arroz, feijão... tudo o que não me interessava mesmo), fiz uma boa seleção e já ao chegar à mesa vieram os petiscos, polenta frita, bolinho e um pastelzinho de queijo bem saboroso. Logo em seguida chegaram umas bananas fritas, também bem gostosas.
E as carnes? Veio primeiro uma picanha, mas dei azar no (primeiro) corte e peguei uma parte um pouco mais bem passada. O carré de cordeiro que veio a seguir compensou tudo. Muito bom e tenro. O problema foi que começou a aparecer espeto de tudo quanto é lado e eu só dizendo o tradicional “por enquanto não”. É que como devagar e não gosto de ficar enchendo o prato, pois as carnes vão esfriando e dali a pouco são deixadas de lado (gerando um desperdício que essas casas de rodízio poderiam evitar se o serviço fosse um pouco mais lento ou adotasse o cartão do sim/não).
E foram passando, maminha, fraldinha, alcatra, picanha recheada com queijo, costela, picanha na grelha, coração de frango, lingüiça, mignon com bacon, não-sei-o-que-mais com bacon... e eu ali, na minha, no “depois”, saboreando as minhas escolhas iniciais. Um garçom passou com o espeto de, segundo ele, faisão. Sempre fico um pouco pé atrás com isso, pois, desde que a Perdigão encerrou a produção da ave abatida, é produto raríssimo no mercado nacional. Conversei com o proprietário, Jacir Pramio, que me garantiu ser faisão, vindo de Caxias do Sul – a terra do galeto.
Pramio, aliás, é o fundador da casa. Mas quem toca mesmo é seu filho Giovani (que não estava) e suas filhas são responsáveis pela cozinha. Está muito cansado, depois de 40 anos de lida ininterrupta (antes teve uma churrascaria em um posto da BR 116) – alegou. Com a viagem de Giovani, estava dando uma geral ali pelo salão, no contato com os clientes.
E as ofertas continuavam, naquele alvoroço de garçons e seus espetos. Foi quando veio um prato bem arrumado, escoltado por um farofa, algumas folhas e um molho. Bife ancho – anunciou, com pompa, o garçom. Estrela da casa, junto com o filé argentino (que estava em falta). E merece mesmo todo esse brilho. É muito bom, carne (uruguaia) macia que só ela, completa com o leve toque do molho que Pramio me disse ser “chimichurri”, feito por uma das filhas. Tem o mesmo conceito, da mistura de ervas com azeite e um delicado vinagre. Mas o sabor é bem peculiar, leve e delicado, sem invadir o da carne.
Para saber mais, muito mais ainda, com outras ilustrações, vá ao novo endereço do blog, no site da Gazeta do Povo, clicando aqui.