sábado, 25 de fevereiro de 2012

Shakespeare inspira cozinheiros do Pier do Victor

Este camarão vai estar no cardápio. Hamlet, Otelo ou Mcbeth?
Camarão combina com Shakespeare?

Sim, de acordo com a interpretação dos chefs Eva dos Santos e Paulino da Costa, que estão preparando um menu temático especial para os restaurantes que integram o Pier do Victor (Bar do Victor, Bistrô do Victor e Petiscaria do Victor).

A inspiração vem do 21º Festival de Teatro de Curitiba, que iniciou a venda dos ingressos na última quarta-feira e acontece a partir dos últimos dias de março. Sendo assim, durante o período do Festival, entre os dias 27 de março e 8 de abril, cada restaurante terá um prato batizado com nome de uma das peças clássicas de Shakesperare - todos serão elaborados com camarões selecionados do Bar do Victor. Cada um dos pratos contará ainda com uma sugestão de vinho para harmonização. E estes rótulos serão comercializados com 20% de desconto na garrafa.

Nos próximos dias deve acontecer a divulgação dos nomes dos pratos e a maneira como serão apresentados. Como se chamarão? Tirando Romeu e Julieta, que já é nome de uma sobremesa...

Boa (e saborosa) ideia para entrar no clima artístico que tomará conta de Curitiba.



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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Um incrível e saboroso molho de tomates e azeitonas

Vieiras grelhadas com purê de tomates e azeitonas.
Temos um princípio aqui em nossa cozinha. Quando é a primeira vez costumamos seguir a receita na íntegra. A não ser que haja alguma grande barbaridade, descoberta em meio à elaboração do prato. Mas, de uma forma geral, deixamos tudo correr do modo como é recomendado, admitindo alguns ajuntes para uma segunda vez ou dali em diante, conforme a reação do paladar.

Nos passeios por sites ou revistas especializadas de vez em quando algumas receitas chamam a atenção. Nesses casos, arquivamos por aqui, para um momento propício, conforme os ingredientes postos à disposição. Daí é só procurar pelo ingrediente com alguma ferramenta de busca que o computador responde com todas as opções ali concentradas.

Foi assim que descobrimos essa equilibrada combinação de tomates e azeitonas para um molho. Na passadinha pela peixaria, uma pequena bandeja de vieiras nos atraiu. Pequena mesmo, com vieiras menores ainda – nada a ver com aquelas maravilhosas que fizemos em Paris e relatamos aqui nesse blog. Mas vieira tem sabor de vieira, seja qual for o tamanho e decidimos que ali estaria a entrada para o jantar (um robalo assado com batatas, tomates e cebolas).

Outro princípio que (não rigorosamente) seguimos: sempre que possível executar novas receitas, descobrir novas combinações de sabores, por mais que já tenhamos feito alguns pratos deliciosos. Mas é a busca do novo, que sempre nos encanta e desafia.

Havia uma receita de vieiras guardada desde agosto do ano passado. Saiu no site Basílico, quando da inauguração da Tasca do Zé e da Maria, sabores portugueses no bairro de Pinheiros, em São Paulo. Na foto da receita eram vieiras maiores, apenas com o fundinho do molho. Como as vieiras daqui eram miúdas, fizemos o fundo de molho e juntamos algumas delas em cima. Ficou bacana também.
Para saber a receita e também uma boa ideia de utilização do molho em bruschettas, vá ao novo endereço do blog, clicando aqui.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

De linguiças e cachaça

Angu com linguiça - da inspiração da chef Mônica Rangel para nossa mesa de domingo.
Sei bem como começou.
Publiquei numa dessas redes sociais uma foto de um almoço a dois (como de resto têm sido as coisas em casa, depois de os filhos criados), o que chamei de “um churrasco minimalista”. Eram duas peças de picanha, duas de carré de cordeiro e quatro linguiças. Uma grelha sobre o fogo e pronto, estava ali nossa churrascada.
Entre as conversas e o “curtir” houve muitas manifestações, até que um dos irmãos Zardo (Fábio ou Maurício, agora não sei bem qual deles) me disse estarem em minha terra, Ponta Grossa (que também é a cidade deles) a melhor linguiça que conhecem. “Do Açougue do Adi, inigualável”.
Claro que o assunto evoluiu para um “vamos entregar pra você experimentar”. Dito e feito. Aproveitei o primeiro domingo de folga do ano para fazer o teste de degustação. Linguiça bem clara, de pernil, com pouca gordura, pus uma na chapa e experimentei. Aprovada. Mas já tinha outras utilizações em mente. Só o que vinha na minha cabeça era a imagem da chef Mônica Rangel cozinhando. Foi numa das últimas edições do Gourmet & Cia em Curitiba – aqueles momentos memoráveis e saborosos no Parque Barigui. Se não me engano, 2006.
Para quem não sabe, Mônica Rangel faz suas comidas no restaurante Gosto com gosto, em Visconde de Mauá (RJ), onde serve comida mineira ou variações do interior brasileiro. E não tem nada mais a ver com o interior (mineiro, principalmente) do que a linguiça. Estrela principal ou coadjuvante, tanto faz.
E foi nessa inspiração, do que ela nos havia ensinado tempos atrás, que nasceu o almoço desse domingo preguiçoso (e especial, pelo nascimento, em São Paulo, de Artur, mais um neto amado). Começando com um Angu com linguiça, de entrada, com a polenta servindo de base para um molho saboroso com linguiças refogadas em molho de tomate.
O prato principal foi um Risoto de linguiça com cachaça e cogumelos frescos, que Mônica ensina para ser servido em uma cestinha de parmesão. Um descuido na hora de finalizar a cestinha impediu que ela dobrasse, virando uma, digamos, base de parmesão. Na próxima vez a gente acerta.
E como a cachaça foi introduzida na conversa, veio ideia da sobremesa de uma receita de Kátia Barbosa, do bar Aconchego Carioca (RJ), publicada na edição mais recente da revista Prazeres da Mesa. Que tal um Pudim de cachaça? Foi o que foi.
E lá se foi nosso domingo de prazer gastronômico.
Confira as receitas e mais ilustrações no novo endereço do blog, aqui.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Magret de marreco e outras surpresas do chef Ivan Lopes


Magret de marreco com risoto de camembert e tomate-cereja, um dos pratos do menu-degustação.
Ivan Lopes, inspiradíssimo.
Magret de marreco – quem diria?
De pato acho que todo mundo conhece. Ou pelo menos ouviu falar. É o filé do peito da ave, que, ao contrário dos cortes de frango e outros parentes, tem a mesma cor avermelhada da carne bovina. Uma delícia, desde que levemente grelhado para manter o mal-passado de seu interior (e é aí que boa parte dos restaurantes peca, pois na demora de tempo entre o cozimento e o chegar à mesa a carne passa do ponto e fica mais dura).
Magret de marreco... não teria sido um engano do garçom? Não pode ser, imaginei, eles são muito profissionais e bem treinados aqui no Terra Madre. O fato é que estava muito bom, fosse lá o que fosse. Oficialmente era um Magret de marreco com risoto de camembert e tomates-cereja. Carne macia, suculenta e o risoto com o arroz al dente – como é recomendado -, com pedaços do queijo derretendo e não incorporados na mistura. Não perguntei, mas a impressão que tive foi de terem sido colocados no último momento, instantes antes de o prato ir à mesa.
Veio o chef à mesa e confirmou: era mesmo um peito de marreco, vindo do Frigorífico Matias, de Santa Catarina.
Mas este foi praticamente o fim da história, de uma noite de sabores inesquecíveis proporcionada pelo chef Ivan Lopes, um dos Top-5 dos Chefs 5 Estrelas eleitos pelo Prêmio Bom Gourmet 2011. Já na chegada ao restaurante foi até nossa mesa assim que nos viu e nem permitiu que olhássemos o cardápio. “Vou cozinhar pra vocês” – prontificou-se. E quem poderia recusar uma oferta dessas?
Veja o post completo, com todos os pratos e fotos, no novo endereço do blog, clicando aqui.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Evian e Badoit, charmosas francesas agora também no Brasil


Evian e Badoit, agora também por aqui.
Água tem sabor? Tem, sim senhor.
Há quem possa não perceber a diferença entre uma e outra. Tanto quanto aqueles que não sabem diferenciar vinhos ou cervejas ou uísques. Mas, de um tempo para cá, crescem em toda a parte – a partir da Europa – as degustações de águas minerais, justamente por não existirem duas iguais, pelas diferenças de solos e clima dos locais que são extraídas. Exatamente como na produção de vinhos, cervejas e azeites.
Dentre as águas de grife mais consumidas e apreciadas na Europa estão as francesas Evian e Badoit, com e sem gás, respectivamente. Pura, como definem por lá a Evian. Com gás na medida, como é reconhecida a Badoit, que tem cerca de 2m² de gás por litro, é uma água perfeita para acompanha pratos e vinhos mais complexos. Ambas agora ganham distribuição no Brasil com exclusividade pelas importadoras Porto a Porto e Casa Flora.
Leia o post completo no novo endereço do blog, no site do jornal Gazeta do Povo, clicando aqui.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

E por falar em ostras, volta a semana especial na rede Victor

Ostras ao natural, puxando a fila de sugestões das casas do Pier do Victor.
O cardápio de ostras do post anterior aguçaram minhas papilas gustativas. Literalmente, deram água na boca, lembrando o cardápio dessa quinta-feira (16) do jantar harmonizado da Adega Brasil.
Se para você causou o mesmo efeito, boas notícias para o fim de semana. Também a partir de amanhã os restaurantes da rede Pier do Victor (Bar do Victor, Bistrô do Victor e Petiscaria do Victor) estarão promovendo a segunda edição da Semana das Ostras, com o objetivo de quem foge do agito e da neura do Carnaval no litoral e prefere reviver a pacata Curitiba – que nesses dias se transforma mesmo na velha e querida Curitiba de tempos atrás.
Os sommeliers das três casas sugerem inclusive a harmonização dos pratos com os vinhos mais adequados, tudo na medida para oferecer o mais prazer possível. Nessa segunda edição as ostras serão servidas em porções de meia dúzia (R$18) ou uma dúzia (R$34). Entre os preparos, além daquelas que vêm ao natural, outras opções são Gratinada com queijo, à Rockefeller e Flambada com conhaque.
Para todos os detalhes e mais ilustração, vá ao novo endereço do blog, clicando aqui.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

A invasão dos brigadeiros


Os brigadeiros da Bella Brigadeiro - 23 sabores para ativar a gula dos comilões.
Eles estão na memória da infância de todos nós. E nos remetem, com qualquer idade, às sensações dos tempos de criança, do prazer em poder saborear um brigadeiro. Que durante um bom período não tinha variação de sabores ou de apresentação. Era aquilo ali, sempre, o doce de chocolate com leite condensado e o complemento externo com os floquinhos de chocolate.
De uns anos para cá foram surgindo novos sabores, novas texturas e novas apresentações. E com a saída sempre em alta, também surgiram os (ou as) especialistas em brigadeiros. Como os dois casos de agora, novidades que se lançam na praça de Curitiba para oferecer basicamente brigadeiros.
A empresária Renata Christina Machado de Oliveira acaba de inaugurar a Brigadeiros & Aromas, que oferece mais de 60 sabores de brigadeiros, dos quais se destacam milho verde, tâmaras, paçoca, pimenta, hortelã, lichia e macadâmia, além das criações tradicionais de chocolate belga, ovomaltine e leite ninho. E para quem aprecia surpresas, a recomendação é experimentar os brigadeiros de gengibre e de capim-limão.
As vendas são feitas somente sob encomenda, pelos fones (41)3024-4499 e 9148-9187. Há também um blog, onde podem ser encontrados algumas ilustrações dos brigadeirosjá produzidos: www.patisseriebrigadeirosearomas.blogspot.com.
Outra apaixonada por brigadeiros é Isabel Sarolli, que começou a produção de brigadeiros em Cascavel e agora chega a Curitiba com a Bella Brigadeiro, que define como “o primeiro brigadeiro gourmet da região do Batel”.
Para saber mais sobre os brigadeiros, com mais ilustrações, venha aqui, para o novo endereço do blog.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

De ceviche a petit gâteau no menu degustação do Kan


Luciano Mitiharu Kawano, o sushiman chefe do Restaurante Kan.
Quem me acompanha aqui sabe o quanto eu gosto de novidades, de surpresas à mesa. Quanto mais conseguir sair do óbvio, do esperado, mais emoção e expectativa no paladar. Não é uma regra, é claro, pois de vez em quando a cozinha tradicional fala mais alto e mexe com nossas estruturas. Mas que o inesperado é excitante, isso é.
Em restaurantes japoneses, por exemplo, não consigo me contentar com os combinados de sempre ou a combinação dos pratos quentes que fazem a raiz do cardápio. Sempre que possível prefiro me sentar defronte ao balcão, acompanhando de perto o trabalho dos sushimen. E ali me entrego a criatividade de quem está ali, do outro lado. Menu confiança – e bota confiança nisso.
Fui com esse espírito ao Kan, para apreciar a arte do sushiman-chefe Luciano Mitiharu Kawano e de seus auxiliares. E atendendo a uma sugestão da casa, substitui o saquê de sempre por um interessante vinho branco argentino, o Oroya (tempranillo & pinot noir), já apontado no rótulo da garrafa como especial para acompanhar sushis. Era mesmo, bem aromático, frutado e com baixa acidez.
De boas vindas, como de praxe, um petisco. Uma Casquinha de peixe – pedaços de peixe cozidos em molho cremoso e servidos dentro de uma casquinha de massa comestível.
Podemos começar? Sim, claro, respondi de pronto ao sushiman assim que foi servido o vinho. E já de pronto uma surpresa, no avanço além das linhas orientais. O que eu achei que era um ceviche era, na realidade, um ceviche. “Ceviche falsificado” – disse Luciano. Preferi outra denominação: livre interpretação de ceviche. Eram pequenos pedaços de peixe branco (robalo) e polvo marinados no limão e acompanhados de tiras de cebola roxa, salsinha picada e tomates-cereja cortados ao meio. Puro sotaque sul-americano no balcão japonês.
Veja todos os pratos com ilustrações e mais detalhes sobre o Kan no novo endereço do blog, clicando aqui.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Vinícola Dezem comemora boa safra e começa a colher Chardonnay

Os vinhedos e a sede da vinícola Dezem ao fundo.
Tive a oportunidade de escrever, meses atrás, sobre a surpresa que foi uma degustação de vinhos e espumantes da vinícola Dezem. Foi uma degustação às cegas, reunindo gente do mundo do vinho e, ao término do jantar harmonizado, uma exclamação de espanto geral marcou o ambiente quando o organizador do evento informou serem todos produzidos em um mesmo local, na mesma vinícola. E que esta era paranaense, de Toledo. Confira aqui.
Pois a vinícola Dezem anuncia estar iniciando o ano com “bons ventos”. Devido ao tempo seco registrado na cidade interiorana, tanto no período de brotação como na colheita, a qualidade da uva da safra 2011/2012 deverá ser a melhor de todos os tempos. Esta característica - aliada à tecnologia utilizada - contribuirá, de acordo com a vinícola, para a “elaboração de excelentes vinhos”. A colheita da uva Chardonnay, destinada à elaboração de vinhos e espumantes, já teve início.
Aliás, parte da colheita foi antecipada para a elaboração dos espumantes, uma vez que, para esse tipo de vinho as uvas devem ser colhidas com boa acidez, o que ocorre um pouco antes de atingirem a maturação máxima. Outra parcela do vinhedo, com melhor exposição e com uvas maduras, foi destinada à elaboração de Chardonnay fermentado em barricas de carvalho, proporcionando um vinho mais encorpado, complexo e longevo. O tempo seco contribuiu para o melhor amadurecimento da fruta e também evitou a presença de fungos, típicos em safras úmidas – comemoram por lá.
Saiba mais sobre a colheita, inclusive com programação de turismo enogastronômico, no novo endereço do blog, clicando aqui.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Escalope de língua e Barriga de porco na Confraria do Armazém


Barriga de porco com arroz cremoso de peras e vinagrete de lentilhas - o prato principal.
Não poderia ter sido mais saboroso o início de ano para os integrantes da Confraria do Armazém. No primeiro jantar da temporada, um cardápio de dar água na boca, desta vez à base de carne na entrada e no prato principal. Mas não qualquer carne e sim duas muito especiais, bem ao gosto destes gourmets que há nove anos se encontram todo mês para dividir experiências de novos e antigos sabores, conforme a inspiração dos escalados para a brigada do mês.
A responsabilidade pelo primeiro cardápio de 2012 ficou por conta dos confrades Júlio Felix, Dudu Sperandio e Luiz Augusto Xavier – com a inestimável e onipresença de Farid Assad, o proprietário do local onde o grupo se reúne e confrade de primeira hora -, reunindo um quorum até acima da expectativa para esse período do ano – última semana de janeiro -, quando muita gente ainda se encontra de férias, longe de Curitiba.
Confira o cardápio
Entrada: Escalopes de língua grelhados com saladinha de tomate, alcaparras e molho agri-doce;
Prato principal: Barriga de porco com arroz cremoso de peras e vinagrete de lentilhas;
Sobremesa: Maçã assada, com doce de leite.
Existe melhor maneira de começar o ano gastronômico para essa turma?
Veja mais detalhes e mais fotos da noite da confraria no novo endereço do blog, clicando aqui.