Angu com linguiça - da inspiração da chef Mônica Rangel para nossa mesa de domingo. |
Publiquei numa dessas redes sociais uma foto de um almoço a dois (como de resto têm sido as coisas em casa, depois de os filhos criados), o que chamei de “um churrasco minimalista”. Eram duas peças de picanha, duas de carré de cordeiro e quatro linguiças. Uma grelha sobre o fogo e pronto, estava ali nossa churrascada.
Entre as conversas e o “curtir” houve muitas manifestações, até que um dos irmãos Zardo (Fábio ou Maurício, agora não sei bem qual deles) me disse estarem em minha terra, Ponta Grossa (que também é a cidade deles) a melhor linguiça que conhecem. “Do Açougue do Adi, inigualável”.
Claro que o assunto evoluiu para um “vamos entregar pra você experimentar”. Dito e feito. Aproveitei o primeiro domingo de folga do ano para fazer o teste de degustação. Linguiça bem clara, de pernil, com pouca gordura, pus uma na chapa e experimentei. Aprovada. Mas já tinha outras utilizações em mente. Só o que vinha na minha cabeça era a imagem da chef Mônica Rangel cozinhando. Foi numa das últimas edições do Gourmet & Cia em Curitiba – aqueles momentos memoráveis e saborosos no Parque Barigui. Se não me engano, 2006.
Para quem não sabe, Mônica Rangel faz suas comidas no restaurante Gosto com gosto, em Visconde de Mauá (RJ), onde serve comida mineira ou variações do interior brasileiro. E não tem nada mais a ver com o interior (mineiro, principalmente) do que a linguiça. Estrela principal ou coadjuvante, tanto faz.
E foi nessa inspiração, do que ela nos havia ensinado tempos atrás, que nasceu o almoço desse domingo preguiçoso (e especial, pelo nascimento, em São Paulo, de Artur, mais um neto amado). Começando com um Angu com linguiça, de entrada, com a polenta servindo de base para um molho saboroso com linguiças refogadas em molho de tomate.
O prato principal foi um Risoto de linguiça com cachaça e cogumelos frescos, que Mônica ensina para ser servido em uma cestinha de parmesão. Um descuido na hora de finalizar a cestinha impediu que ela dobrasse, virando uma, digamos, base de parmesão. Na próxima vez a gente acerta.
E como a cachaça foi introduzida na conversa, veio ideia da sobremesa de uma receita de Kátia Barbosa, do bar Aconchego Carioca (RJ), publicada na edição mais recente da revista Prazeres da Mesa. Que tal um Pudim de cachaça? Foi o que foi.
E lá se foi nosso domingo de prazer gastronômico.
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