O Bife ancho - acompanhado de farofa, folhas e um molho chimichurri com toque muito pessoal da casa |
Anacreon de Téos
Algumas das saladas do buffet.
Anacreon de Téos
Os acompanhamentos, com destaque para os pequenos pastéis de queijo.Fui nas carnes, claro, embora não seja um desses fanáticos consumidores inveterados. Aprecio, mas com moderação. Ainda mais com todo o restante do dia pela frente. Fui direto ao buffet de saladas (ignorei os pratos quentes e só depois, na hora de ir embora fui ver que lá havia massas, salmão, arroz, feijão... tudo o que não me interessava mesmo), fiz uma boa seleção e já ao chegar à mesa vieram os petiscos, polenta frita, bolinho e um pastelzinho de queijo bem saboroso. Logo em seguida chegaram umas bananas fritas, também bem gostosas.
E as carnes? Veio primeiro uma picanha, mas dei azar no (primeiro) corte e peguei uma parte um pouco mais bem passada. O carré de cordeiro que veio a seguir compensou tudo. Muito bom e tenro. O problema foi que começou a aparecer espeto de tudo quanto é lado e eu só dizendo o tradicional “por enquanto não”. É que como devagar e não gosto de ficar enchendo o prato, pois as carnes vão esfriando e dali a pouco são deixadas de lado (gerando um desperdício que essas casas de rodízio poderiam evitar se o serviço fosse um pouco mais lento ou adotasse o cartão do sim/não).
E foram passando, maminha, fraldinha, alcatra, picanha recheada com queijo, costela, picanha na grelha, coração de frango, lingüiça, mignon com bacon, não-sei-o-que-mais com bacon... e eu ali, na minha, no “depois”, saboreando as minhas escolhas iniciais. Um garçom passou com o espeto de, segundo ele, faisão. Sempre fico um pouco pé atrás com isso, pois, desde que a Perdigão encerrou a produção da ave abatida, é produto raríssimo no mercado nacional. Conversei com o proprietário, Jacir Pramio, que me garantiu ser faisão, vindo de Caxias do Sul – a terra do galeto.
Pramio, aliás, é o fundador da casa. Mas quem toca mesmo é seu filho Giovani (que não estava) e suas filhas são responsáveis pela cozinha. Está muito cansado, depois de 40 anos de lida ininterrupta (antes teve uma churrascaria em um posto da BR 116) – alegou. Com a viagem de Giovani, estava dando uma geral ali pelo salão, no contato com os clientes.
E as ofertas continuavam, naquele alvoroço de garçons e seus espetos. Foi quando veio um prato bem arrumado, escoltado por um farofa, algumas folhas e um molho. Bife ancho – anunciou, com pompa, o garçom. Estrela da casa, junto com o filé argentino (que estava em falta). E merece mesmo todo esse brilho. É muito bom, carne (uruguaia) macia que só ela, completa com o leve toque do molho que Pramio me disse ser “chimichurri”, feito por uma das filhas. Tem o mesmo conceito, da mistura de ervas com azeite e um delicado vinagre. Mas o sabor é bem peculiar, leve e delicado, sem invadir o da carne.
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