sábado, 2 de abril de 2011

De Denise Stokclos ao Cassoulet de rã


Lombo de cordeiro com purê de pupunha, estrela do cardápio da DOP Cucina.
Para onde iríamos? Tínhamos acabado de sair da peça da incomparável iratiense Denise Stoklos e estávamos em busca de um fim de noite pra satisfazer o paladar. Bem fora de nosso horário normal, uma duas ou três horas mais cedo. Mas, depois do teatro tem de ser aquilo mesmo.
Um palpite aqui, uma sugestão ali e o carro quase em piloto automático seguindo para um refúgio seguro a caminho de casa. Não deu outra, fomos parar na DOP Cucina. Criativo como poucos – não é de graça o melhor chef da cidade segundo os jurados da Vejinha -, Paulino da Costa sempre tem alguma agradável surpresa, mesmo para os que costumeiramente frequentam o local. Tanto que chego lá, espio o cardápio, mas só me dou por satisfeito quando o próprio Paulino chega para me recomendar o que há de melhor do dia. Vá lá que tem algo que o cardápio ainda não registrou...
Enquanto esperávamos pela sugestão do chef, aquele insuperável couvert com os pães, a pequena bruschetta, a manteiga e os complementos.
Cassoulet de rã.
Aí Paulino da Costa chegou, conversou (e conversa é com ele mesmo, sempre simpático e afetuoso) e nosso cardápio foi montado, abrindo com um Cassoulet de rã que barbarizou. Pedaços desfiados de rã cozidos em caldo, com um molho cremoso em levíssimo toque de curry (leve mesmo, porque curry é uma praga que pode tomar conta do prato, o que não é o caso) e alguns cereais para completar o espírito do cassoulet, que tem no feijão a base. Aqui, na reinterpretação do cozinheiro, com trigo, centeio e arroz selvagem. E vem numa atraente panelinha Le Creuset.
O vinho sugerido pelo Roberto Cartaxo foi um Morellino, o vinho regional italiano das terras de Scansano, tendo como fundo a uva Sangiovese. Na medida para a entrada e principalmente para o prato principal, um Lombo de cordeiro com purê de pupunha. Grelhyado e róseo no interior, o lombo por si só trouxe à mesa o sabor, completado pelo purê que não era bem um purê. A pupunha, depois de assada, é processada e fica com uma consistência que lembra a raiz forte, mas com o sabor suave que esse palmito proporciona.
Dispensamos a sobremesa, tarde da noite que era, um tanto fora de nossos padrões. Não sem tempo para chegarmos em casa ainda para um cálice de vinho do Porto. E a certeza de termos aproveitado mais uma noite com tudo que há de bom.

Um comentário:

  1. Nao sei se meu pedido seria esse, rs!!! Um bj doce e apareca nas Abobrinhas
    Roberta

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