Uma conversa saborosa com quem aprecia as boas coisas do pecado da gula. Jornalista esportivo e chegado às coisas do fogão.
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Durski & Laureano no Madero
Acima da expectativa. Já era de se esperar muito do encontro enogastronômico da cozinha de Junior Durski com os vinhos de Paulo Laureano. Mas o resultado foi muito além, para prazer e deleite dos tantos que estiveram presentes no Madero nessa quarta-feira. A interessante harmonização entre os pratos e os vinhos da Adega Alentejana (que importa para o Brasil os vinhos do consagrado enólogo português) marcou o êxito da parceria de dois grandes.
O primeiro prato da noite foi a já consagrada "Releitura de moqueca de camarão e robalo", um dos favoritos do restaurante Durski. Veio escoltado por um branco finíssimo, o Paulo Laureano Premium BR 2007, com 40% de Antão Vaz e 60% de Arinto. Vinho bem equilibrado, com 13,5% de teor alcoólico e bem fresco na boca. Interessantíssimo o preço de comercialização: R$ 35,00.
O segundo prato, o primeiro de carnes, foi o "Bife de chorizo grelhado à lenha, servido com salada de folhas verdes", para o qual estavam reservados dois vinhos: Paulo Laureano Reserve TN 2006 e Paulo Laureano Selectio Alicante Bouschet 2005. O primeiro combinando as castas Aragonez (30%), Alicante Bouschet (40%) e Trincadeira (30%), de aroma suave e fino e com uma acidez bem evidente. O outro, 100% de Alicante Bouschet, mais redondo e de um final de boca duradouro. Foi o que se deu melhor com a carne.
Jantar no Madero não pode deixar de ter uma das marcas registradas da competência e do talento de Junior Durski, o "Carret de cordeiro uruguayo grelhado à lenha de Bracatinga, servido com feijão branco à Bretagne". Inigualável. À altura dos dois vinhos que se apresentaram. O Paulo Laureano Selectio Tinta Grossa 2006, 100% Tinta Grossa, é de produção limitada, apenas 6.600 garrafas. E a grande estrela da noite, o Paulo Laureano Reserve Vinea Julieta, Talhão 24 2006, somando as castas Alfrocheiro, Alicante Bouschet e Tinta Grossa. É uma produção mais limitada ainda, apenas 2.900 garrafas numeradas.
Com a sobremesa, um "Cheesecake com calda de frutas vermelhas", chegou um Moscatel Roxo 2004, esse do enólogo Luis Simões, produzido por Horácio Simões. Perfeito, mais do que perfeito.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário