Os vinhos da noite, com destaque para os dois rótulos Laberinto. |
Uma oportunidade como poucas. Afinal de contas, estava sendo servido o melhor vinho branco do Chile. Isso dito pelos próprios chilenos, seus críticos especializados e seus produtores. Mais ainda: apresentando o vinho, seu criador, o enólogo em pessoa.
Os privilegiados foram os associados da Associação Brasileira de Sommeliers (regional do Paraná – é assim que fala?) presentes ao jantar mensal que a entidade promove para harmonizar bons vinhos e boa comida. O vinho em questão era o Laberinto Sauvignon Blanc 2011, eleito, como disse, não apenas o melhor sauvignon Blanc, mas o melhor dentre os brancos chilenos (entre outros, pelo guia Descorchados 2012). O enólogo é Rafael Tirado, da Ribera Del Lago, um projeto pessoal executado em torno de sua casa de campo da região de Maule, no pé do que chamam por lá de pré-Cordilheira dos Andes – umas três horas ao sul de Santiago. Laberinto Wines, oficialmente.
Não fosse já conhecido pelo trabalho desenvolvido na Veramonte, em Casablanca, Rafael é irmão gêmeo idêntico do também enólogo Enrique Tirado, o responsável pelo vinho Don Melchor, talvez a principal referência em vinhos do Chile.
O projeto que começou despretensioso por Rafael e seu sogro, Georg Andresen, veio de um plantio de uvas cabernet sauvignon, em 1991, e cresceu e cresceu. Hoje são mais de dez hectares de vinhedos, entre cabernet sauvignon, merlot, syrah, pinot noir, sauvignon blanc e riesling. Foram anos produzindo bons vinhos até que chegasse o Laberinto.
A inspiração do nome é o famoso labirinto da cidade francesa de Chartres, próxima a Paris - um castelo que tem em seu imenso jardim um labirinto de sebe aparada - uma pista de 11 voltas e uma via que conduz sempre em direção ao centro, sem falsos caminhos ou risco de perder-se e que retorna para a saída. Tão presente é esta relação que Tirado construiu seu próprio labirinto, um vinhedo plantado de forma tal que se assemelha à origem da ideia.
Pois bem, dois desses vinhos estavam à disposição dos comensais do Restaurante C La Vie, onde aconteceu o jantar. Não apenas pela sempre boa comida do chef Lênin Palhano, mas pelo fato de constarem do catálogo de importação da Magnum, do grupo Vino!, ao qual também pertence o restaurante, aproveitando a passagem do enólogo por aqui.
Para saber mais, o cardápio completo e fotos dos pratos e do evento, clique aqui.
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