terça-feira, 17 de julho de 2012

O garrão de boi da Cantina do Délio

Stinco di manzo alla napolitana, o garrão de boi com sotaque italiano.
Fazia algum tempo que o Délio Canabrava vinha avisando: “estamos ajustando os temperos num garrão de boi. Está ficando bom”.
Délio é um apaixonado pelas coisas da cozinha. Não apenas a de seus estabelecimentos (são quatro: Cantina do Délio, Bar Canabenta, Estofaria e Bela Banoffi), mas de qualquer ponto da cidade. Pesquisador da baixa gastronomia, foi ele quem nos levou (a mim e a um grupo de umas dez pessoas) pela primeira vez à Vila Osternack para experimentarmos a Buchada de bode que é feita na Lanchonete do Moraes. Lembro-me de ter adorado e escrito alguma coisa na ocasião.
Em casa, conta com o apoio de um grande cozinheiro. Rodger Weiss Gomes é o chef, cada vez mais empenhado em executar a autêntica cozinha caseira italiana, a cucina casalinga, e a incluir por aqui sabores que eles, italianos, adotam por lá em suas mesas. Rodger, aliás, não fosse a figura adorável que é por si só, é filho de Valmir Gomes, radialista esportivo e figura querida por todos no meio.
No meio da semana passada veio a informação de Délio Canabrava: “está quase no ponto, o garrão vai sair a qualquer momento”. Expectativa geral, pois o que sai das mãos de Rodger é sempre recomendável.
O garrão, para quem ainda não sabe, é o músculo da coxa do boi, invariavelmente descartado pelos clientes dos açougues. Em italiano é chamado de stinco, jarret em francês e pode ser chamado entre nós também de jarrete ou canela. Mais comuns à mesa são os de cordeiro, porco ou vitelo, embora o de boi tenha igualmente ótima acolhida entre os italianos.
Na sexta-feira veio o recadinho, por e-mail: o garrão estava pronto para ser servido e o seria já no cardápio do dia seguinte da Cantina do Délio.

O post completo, com mais texto e ilustrações, está aqui, no novo endereço do blog. Vale a pena conferir. 

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