Uma conversa saborosa com quem aprecia as boas coisas do pecado da gula. Jornalista esportivo e chegado às coisas do fogão.
sábado, 17 de julho de 2010
Délices de France, agora bistrô
Aos poucos François Fournier vai soltando seus tentáculos, ampliando sua área de ação. A proposta inicial desse francês há 13 anos era apresentar ao curitibano o pão francês como ele deve ser. Ao abrir, em 1997, a boulangerie Délices de France, conquistou o paladar de quem imaginava poder ser o pão bem mais do que até então era apresentado à cidade. Boulangerie e Pâtisserie, com doces criativos e maravilhosos. E não foi de graça o prêmio da revista Gula como chef pâtissier.
Mas daí vieram as quiches, as terrines, os patês, cafés e, por insistência de alguns clientes, algumas mesas foram arranjadas para que os produtos pudessem ser consumidos no local. Lotou. A falta de espaço provocou Fournier, que abriu dois decks, um para cada lado da casa, permitindo a acomodação dos clientes interessados em brunchs, cafés da manhã, de fim de tarde, happy hour, tudo o que a imaginação permitisse. Em uma ocasião ou outra, um prato salgado – para alguns interessados mais próximos. Que contaram para os seus próximos e dali aos próximos seguintes.
E o que era um evento esporádico tornou-se rotina, com as sopas nas frias noites de inverno e os pratos mais consistentes à disposição dos frequentadores. À essa altura, com algumas interessantes opções de vinho (franceses, é claro) para a necessária harmonização. E a casa assumiu ares de bistrô, com um cardápio fixo e algumas atrações especiais, conforme a inspiração do chef e algumas datas comemoradas.
Agora, por exemplo, o Délices de France homenageia a data nacional da França, comemorada no último dia 14 – A Tomada da Bastilha. Duas semanas (até o dia 25) de pratos que simbolizam os sabores de diversas regiões da França, como Blanquette de veau, Coq au vin, Entrecôte au poivre, Sopa ao pistou, Velouté de champignon, Sopa de cebola e o que mais couber na inspiração do cozinheiro.
Foie gras, por exemplo. Que foi o que experimentamos para abrir o jantar. Fatias delicadamente cortadas e dispostas sobre blinis, acompanhadas de salada de folhas e algumas pétalas de tomate.
E François Fournier também sugere os vinhos. Para acompanhar o foie gras, em vez do sauternes que se poderia esperar, um colheita tardia de Jurançon, com 100% de uva Petit Manseng. Na mosca.
Havia outras opções de prato principal, inclusive magret e confit de canard, mas decidimos pelo Cassoulet, que não se encontra em qualquer lugar com as propriedades que deveria ter.
O que ele faz tem origem na região de Limousin, a base de feijão branco (conforme ele usa favas, por serem mais resistentes ao longo cozimento), mais coxa confitada de pato, linguiça, morcela e cordeiro.
Um achado, muito bem acompanhado por um Madiran, vinho específico dessa região sudoeste da França com predomínio da uva Tannat (a principal da região).
Para encerrar, claro, Crêpe Suzette. E a certeza de uma noite muito bem aproveitada.
Délices de France
Avenida Sete de Setembro, 6130 – Seminário (Curitiba)
Fones; (41) 3016-7365 e 41 3224-7365
Twitter: @delices_
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Hummmm, adoro a Delices de France. Tudo lá é bom, o café, os páes e os doces. Nunca dá pra fazer dieta quando vou lá.
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