Drinques moleculares, que estouram na boca, para começar a noite. |
O chef Fabio Mattos e o Bulgogi. |
É tudo muito divertido. Cada
prato ganha apresentação especial do chef, que explica seus “efeitos especiais”
e a melhor maneira de digeri-lo. Mas não prendem apenas pelo inusitado da
apresentação ou da textura. São também muito saborosos, o que garante uma noite
de bom paladar e bom humor.
Mas ninguém imagina que tudo
isso possa acontecer lá dentro. Primeiro, pelo nome do restaurante, Poco Tapas,
que tem tudo para ser uma casa espanhola, não é certo? Pelo menos foi o que
pensei de início, embora já tivesse lido que o chef transitava bem na área da
cozinha molecular. O segundo ponto é a fachada, com letras escuras sobre a
parede escura, passando praticamente despercebida a quem passa por aquele
trecho da Avenida Vicente Machado. Não fosse um pequeno outdoor ao lado e seria
praticamente impossível descobrir a existência de um restaurante funcionando
ali naquele imóvel – os vidros das janelas são recobertos por película que não
permitem visualizar o que acontece lá dentro.
Mas essa primeira impressão se
desfaz já no contato de boas-vindas dos garçons e na apresentação do cardápio.
Nada de espanhol, apenas a ideia de aproveitar a definição de “tapas” como
oferta de porções e “poco” por serem razoavelmente pequenas, a permitir a
escolha de várias delas durante a refeição – foi a explicação. O cardápio é bem
diversificado e varia sempre, conforme a oferta de ingredientes no mercado. Na
dúvida (e na melhor das opções, conforme se percebe depois), a recomendação é
pedir o Menu Degustação (R$ 80), uma sequência de dez pratos (ou tapas,
conforme a denominação da casa), desde o primeiro petisco de entrada até a
sobremesa.
Para beber? A casa dispõe de
uma curta e bem arranjada carta de vinhos (com rótulos exclusivos para Curitiba,
clientes únicos que são de uma importadora paulista), mas a oferta da sangria é
irresistível. A princípio não sou dos maiores apreciadores da bebida espanhola,
sempre acho meio aguada e com as frutas sem sabor. Acontece isso quando é feita
na hora, o que não ocorre com a sangria do Poco Tapas, que tem as frutas
maceradas por mais de um dia no vinho cabernet sauvignon, com um toque de licor
de laranja. O resultado é uma bebida muito saborosa, densa, não muito doce e
que acompanha bem os pratos. O copo é grande e custa R$ 10.
Antes de vierem os pratos, um
pãozinho, Pão de feijoada com molho pesto. E com gosto de feijoada mesmo. E
dois drinques, escolhidos entre as propostas do dia. Drinques sólidos, ou quase
isso, conforme explicou a garçonete. Um deles era o Martini de nutella com
esferificação de licor de laranja, uma esfera contendo Curaçao blue dentro e
que veio servida em uma colher sobre um pó de nutella. Na boa, pressionada, a
esfera explode e os sabores se misturam. O outro drinque tem o mesmo princípio
e se chama Shot baiano, uma esfera de licor de menta dentro de um copinho com
água de coco e limão. Ambos deixaram boa impressão.
Para ler o post completo, com fotos e descrição de todos os pratos, clique no novo endereço do blog, aqui.
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