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Ravióli de figo seco e brie ao molho de manteiga de sálvia. Delícia! |
Fazia bom tempo que desejava fazer uma massa. Há alguns anos comprei uma
daquelas máquinas de massa e cheguei a arriscar alguma coisa. Mas daí
quebrou a base de sustentação (aquela lingueta que prende a máquina à
mesa), foi feito o conserto, só que desde então nunca mais a tal máquina
saiu do armário.
Era, então, questão de tempo. O calendário
apertado das últimas semanas não permitiu qualquer iniciativa na
cozinha, mas o domingo agora se ofereceu e a ideia de fazer a massa veio
com toda a força. Massa recheada, claro, não apenas um simples
“macarrão” com molhinho.
Lembrei-me de ter comigo em algum lugar
(acho que foi obra da Geraldine Miraglia, da extinta Oli Gastronomia,
não tenho certeza) um ravióli de figo seco com manteiga de sálvia e fui
por esse caminho para chegar ao prato a ser feito. Já metido a
entendedor, incluí também queijo brie no recheio e fui às compras. Seria
isso, então, um Ravióli de figo seco e brie com molho de manteiga de
sálvia. Que tal?
Mas talvez fosse pouco ir só assim para a mesa.
Precisaria de um acompanhamento de carne, deduzi. Cordeiro, por que não?
Tinha arquivado aqui uma receita de um carré assado com crosta de ervas
que me pareceu interessante. Daria boa combinação com o ravióli.
Precisaria
encontrar uma entrada, já que a sobremesa seria alguma fruta flambada, o
que fosse possível encontrar no Mercado Municipal. Preparação básica,
com manteiga e açúcar derretidos, a fruta tostada e daí a bebida (licor
ou destilado) para flambar. Encontrei amoras (nacionais) bem
interessantes. E também algumas minimorangas se oferecendo para as
entradas – tinha visto em algum lugar sugestão de recheio com alho-poró e
cream cheese, bacana. Pronto, o cardápio estava fechado.
Na hora
da execução, tudo bem com a entrada, exceto pela quantidade de recheio.
Poderia ter sido um pouco mais. Mas de sabor, nada a reclamar, exceto
pelas moranguinhas, que ficaram devendo. Parecia que estavam aguadas,
sei lá, ficou faltando alguma coisa.
Quanto aos raviólis, sem
problemas. A massa deu certo, mas ficou a dúvida para o tamanho ideal.
Para a tirar a cisma, duas opções: um corte redondo, feito com um aro, e
um quadrado, maior, com a carretilha. Na hora de dobrar já veio a
certeza de estarem os pequenos mais interessantes. Os outros ficaram
parecidos com pastéis, raviolões, com o recheio meio perdido lá dentro. O
molho de manteiga de sálvia ficou impecável.
Quanto à sobremesa,
nenhum segredo. Não requer prática nem habilidade e qualquer um pode
experimentar fazer. De resto foi só abrir um tempranillo espanhol e
aproveitar o domingo.
O que valeu mesmo é que, de agora em
diante, as massas também podem entrar na rotina de nossos cardápios
caseiros. Já vou começar a procurar por outras ideias.
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