segunda-feira, 18 de junho de 2012

Um pochê que não ficou lá essas coisas e um confit de javali delicioso

Costela de javali confitada com purê de feijão branco e cogumelos - o prato principal.
E o tal do ovo pochê? Nunca me dei bem tentando fazer. Falta alguma coisa, alguma técnica que não o deixa ficar com aquele formato arredondado, a clara harmoniosamente disposta em torno da gema.
As experiências anteriores foram com ovos de galinha. Dessa vez a receita recomendava ovo de codorna. E lá fui eu atrás dos pequenos ovos que costumamos comer como aperitivo. E a finalidade não seria muito diferente, pois era para compor o prato de entrada para o almoço domingueiro. Fuçando por aí encontrei a receita de Tartelettes savoyardes em um dos meus sites favoritos, o http://www.cuisineaz.com/.
A foto estava uma gracinha e imaginei ser possível fazer igual. Mas não ficou bem assim, por alguns fatores básicos, a começar pelo presunto cru, que não era o Jambon cru de Savoie (o que já deveria invalidar o nome do prato). Além disso, a massa folhada cresceu, ficou muito alta, embora não houvesse a recomendação para escorá-la com feijões, como costuma ocorrer com as tortas. E o ovo pochê não deu certo, a clara se espalhou. Decidi fazer um ovinho frito, mas também não ficou lá essas coisas. Na apresentação, pois de sabor até que deu certo. Mas garanto que ainda vou conseguir.
O restante do almoço ficou muito bom. Muito bom mesmo. O prato principal foi uma Costela de javali confitada com purê de feijão branco e cogumelos. A costela é confitada como se costuma fazer com as coxas de pato: cobertas de gordura e em baixa temperatura por algumas horas. Fiz do meu jeito, pois confitar já é especialidade da casa. O acompanhamento tirei de uma receita do Olivier Anquier.
Sobremesa simples e saborosa, uma Banana flambada com gengibre. Bacana que chega flambando à mesa, acompanhada de uma bola de sorvete. Fizemos aqui um de canela, misturando a canela em pó ao sorvete de creme bem batido e recongelado.
O vinho foi um Heartland Stickleback 2008 (Shiraz, Cabernet Sauvignon, Dolcetto e Lagrein), um poderoso australiano da vinícola Heartland, com toques de ameixa no aroma e no paladar, taninos bem acentuados, mas suaves, harmonizando muito bem com o javali.
Certo que a entrada não ficou no, digamos, “padrão Anacreon” (ficou um pouco pedante essa afirmação, acho). Mas o todo deu certo e o domingo foi dos mais saborosos.
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