Camarão à Marta Rocha, prato saboroso que hoje não se encontra mais. |
Em Curitiba, ali pelos 70/80, o melhor que havia era o do restaurante Iguaçu, que ficava na Emiliano Perneta. Era charmoso chegar à casa e pedir o prato, que vinha numa cumbuca de barro com aquela camada gratinada de clara em neve lá em cima, se exibindo para todas as mesas próximas. Com os tempos foi sumindo, o restaurante fechou e os cardápios mais modernos não incorporaram a receita.
Mas por aqui bateu vontade, no resgate constante que tento fazer de sabores que me marcaram os tempos idos. Bem que dei uma procurada no Google só por desencargo de consciência, mas nenhuma das receitas que vi me convenceu – principalmente pela falta da cobertura, praticamente a de um suflê. Fiquei mesmo com as anotações que tinha por aqui e daí foi só complementar o cardápio para o fim de semana.
O camarão seria a entrada e a sobremesa veio de outra pinçada na memória gustativa: Manjar branco com calda de vinho. E essa é bem mais antiga, dos meus tempos de infância. Quem fazia era minha tinha Belinha, que até hoje, lá em Tomazina, ainda oferece esse prazer a quem vai visitá-la (preciso aparecer por lá).
Para o prato principal, um dos peixes mais saborosos que conheço e sobre o qual já mandei algumas boas linhas aqui nesse blog (veja o que já foi publicado aqui e aqui): o tamboril, aquele que tem, em sua carne, uma textura e um sabor muito próximos aos da lagosta. Para não repetir receita, a escolhida desta vez foi a de um Fricassé, que leva creme de leite com gema batida para encorpar.
Para acompanhar, um surpreendente e agradável chardonnay chileno, Reserva Agostinus 2009, de ótimo custo-benefício.
Um apetitoso cardápio, resgatando alguns sabores que ainda permaneciam vivos na memória, para deixar o fim de semana bem mais agradável. Melhor, impossível.
Para conferir as receitas e mais ilustrações dos pratos, clique aqui, no novo endereço do blog.
Nenhum comentário:
Postar um comentário