Uma conversa saborosa com quem aprecia as boas coisas do pecado da gula. Jornalista esportivo e chegado às coisas do fogão.
domingo, 3 de outubro de 2010
Domingo feliz, com paleta de cordeiro do Troisgros
Almoço em família, domingo de eleição. Todos às urnas pela manhã e o restante do dia disponível para um relax mais do que necessário. Ainda mais para quem trabalha aos domingos.
Aí bate a gula. O que fazer? Que motivos comemorar? Não pela eleição em si, que essa coisa está me cansando. Se pegar as promessas de quatro, oito, doze anos passados, nada ou quase disso foram cumpridos. Então nem vale comentar ou se preocupar.
E os motivos apareceram: aniversário na nora na sexta (dois dias atrás) e a viagem do filho ao Norte do País para 15 dias de trabalho (biólogo não tem vida fácil) embrenhado pelo interior do Maranhão.
Eles adoram carneiro, ela é chegada em salada de folhas e ele é uma formiga para doces, com algumas predileções especiais que só a mãe consegue suprir (como de resto qualquer mãe em qualquer família).
Pronto, cardápio montado.
Começamos por uma Salada de folhas com brie derretido em sementes negras de gergelim.
Daí fomos para o prato principal, uma receita do chef Claude Troigros em uma das edições recentes de seu programa "Que Marravilha", na GNT. O nome é simples, Paleta de cordeiro com cuscuz marroquino, mas é muito mais e tem alguns envolvimentos que merecem destaque. A paleta é marinada em um molho de especiarias por pelo menos uma hora (tivemos tempo e deixamos na geladeira pela virada da noite) e depois assada em forno a 170º por 3 horas. Como o forno baixo nos fascina, deixamos por 160º por 4 horas. O resultado não poderia ser melhor, a carne se desmanchava ao puxar do garfo.
E o detalhe do cuscuz puxado na frigideira foi um diferencial que não fazíamos aqui. Grande Claude!
O vinho foi uma agradável surpresa. No contexto original, Troigros sugere um português, Quinta do Monte D'Oiro Reserva 2005. Liguei pra In Vino Veritas (Mistral em Curitiba) e só havia sob encomenda. Mais uma vez me socorri do Paulinho Tohms, da Decanter, e o resultado final foi muito agradável. Se o vinho originalmente recomendado era uma combinação de Shiraz e viognier português 2005, Thoms me rebateu com um surpreendente Shiraz francês 2006, um Cariranne Brunnel de la Gardine, que fechou com o prato sem reservas.
De sobremesa, uma marca registrada da casa, a Torta de limão que a Gra faz, digna que qualquer chef pâtissier dos que conheço.
E assim a família passou mais um raro domingo feliz, já que o tempo nos permite um assim, de vez em quando.
De sobremesa, um clássico da casa e a Graça é rainha, Torta de limão. Filhão gosta, leva a sobra pra casa e tudo bem.
Resumindo, um ótimo domingo cívico. E ainda estou aqui, sorvendo um cálice de vinho e esperando o domingo passar para ver o que as urnas nos reservaram.
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