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Cerejas recém-colhidas, ainda no começo da safra e prontas para virarem compota. |

Nêsperas (também conhecidas aqui no Sul como ameixas amarelas) são frutas e inverno e cerejas dão no verão. Como esse nosso tempo não tem mais certeza da estação que está vivendo, temos as duas em produção lá no latifúndio. Verdade que uma em fim de safra e outra proporcionando a primeira colheita - que significa ainda muita cereja pela frente.
E o que fazer, então, com as frutas? Primeiro foram as nêsperas e é bem difícil encontrar receitas com elas. Até que o chef Javier Ruiz, o espanhol que comanda a Petiscaria do Victor, sugeriu: “e por que não um chutney?” Sim, por que não? Pesquisa difícil também. Umas duas ou três receitas, até que uma delas, incluindo maçãs, me chamou a atenção. Como seria pouca maçã para muita nêspera imaginei que não roubaria o sabor e fui à luta. O resultado foi muito bom, picante na medida certa e com uma acidez controlada pelo toque agridoce, na medida para acompanhar alguns assados. Três semanas curtindo na geladeira foram necessárias para melhor resultado de sabor.
Com as cerejas a ideia era fazer um doce. Há várias receitas de geleias, outras de doces mesmo, mas meu foco seria o que mais lembrasse uma compota, aquelas cerejas de vidro que chegam tão saborosas do exterior. Sem maraschino, pelo menos nessa primeira vez.
Consegui uma receita incrivelmente simples, que (aí dá para dizer) não requer prática nem habilidade, pois é só lavar bem as frutas, retirar o pedúnculo e cobri-las de calda. Aí é só aguardar o resultado. Pelo que já pude experimentar, ficaram ótimas.
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