sábado, 14 de janeiro de 2012

Que risoto é esse, Carla Pernambuco?

Magret de pato laqueado com mel do Cerrado e especiarias, arroz cremoso de pêra assada e tomilho limão.
Ah, mas a Carla Pernambuco vai ter de me passar essa receita! Foi o melhor risoto que comi nos últimos tempos. E que no fundo do fundo não era nem risoto e sim um “arroz cremoso”.
Foi lá no Carlota, nessa última quinta-feira (12). Em São Paulo por uma noite, pesei algumas sugestões de amigos glutões e outros bem informados gastrônomos, pesquisei uma coisinha aqui, dei um telefonema ali e foi decidido que o destino seria mesmo o simpático sobradinho da Carla Pernambuco ali em Higienópolis. Mesmo que representasse nenhuma novidade, pois o Cartola funciona há 15 anos naquele local, sempre com casa cheia e comida de qualidade.
Casa cheia mesmo. Conseguimos reserva em cima da hora e quem chegou direto, depois das 21h, teve de dar um tempo esperando. Não que fosse torturante, imagino, pois aquele balcão com seus petiscos pode ser bem agradável.
Chegamos junto com a chef, simpática ao cumprimentar, mas rápida ao se dirigir a uma mesa onde um casal já estava à sua espera (e com quem ela jantaria, não arredando dali nem para dar uma espiada na cozinha). Sinal de estarem em ordem as coisas lá entre as panelas – estavam mesmo, como constataríamos depois.
Enquanto estudávamos o cardápio, uma Margarita de manga (R$ 20) – tequila, cointreau e suco de manga (em vez do limão do coquetel tradicional) – para não ficarmos no vazio. Gostosa, interessante, mas ao pedir achei que o seria ainda mais. Tudo bem, sem problemas.
Dispensamos o couvert e, como sempre fazemos, decidimos dividir a entrada. Deste vez não bolinhos nem rolinhos (ela é mestra nisso), mas uma salada, Mescla de verdes, queijo de cabra brûleé e tartar de tomate assado (R$ 29). Eram folhas de alfaces e rúcula com tempero suave, com tomate concassé tão suave e algo adocicado que deu a impressão de ter ido ao forno com açúcar. No brûleé, a crosta de açúcar queimada sobre o saboroso queijo de cabra.
Nos pratos principais foi que a coisa pegou. No bom sentido. A Graça ficou encantada com o molho de cerejas de seu vitelo. Nome oficial: Pernil de vitela assado lentamente, molho de cereja fresca, palmito assado e farofa de amêndoas (R$ 57). Carne macia, farofa crocante o palmito (pupunha) bem al dente, mas o molho superando todas as expectativas. Feito de cereja fresca, mantendo um pouco de sua acidez, mas bem na medida para não sobrepujar o sabor da carne.
Foi no magret que pedi que veio o tal risoto que não era risoto. E esse, definitivamente, roubou a cena, coadjuvante com brilho de estrela principal.
Veja o post completo, com mais ilustrações e detalhes dos pratos no novo endereço do blog. Clique aqui.

Um comentário:

  1. Esse restaurante parece muito bom!!
    Sabe se tem delivery em higienopolis? Porque eu prefiro comer na minha casa e não ir lá...

    ResponderExcluir